O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira (4/6) a abertura de um novo inquérito contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar fugiu do Brasil depois de uma condenação criminal no STF.

Deputada Carla Zambelli fugiu do Brasil após ser condenada pelo Supremo

No novo inquérito, Alexandre determinou a apuração de “crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação de infração penal”.

Além disso, ordenou que a Polícia Federal monitore e preserve o conteúdo publicado nas redes sociais da deputada “ou de terceiros com ela relacionados que guarde pertinência com esta investigação”.

Em um prazo de dez dias, a PF terá de conduzir oitivas com Zambelli. Além disso, caberá ao Banco Central, por determinação do ministro, detalhar valores e remetentes de transferências por meio do Pix à parlamentar nos últimos 30 dias.

Prisão preventiva

Mais cedo, Alexandre decretou a prisão preventiva da deputada. Zambelli foi condenada a dez anos de prisão pelo STF por, junto com o hacker Walter Delgatti Neto, invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça e emitir documentos falsos.

Em entrevista nesta terça (3/6), Zambelli disse que já deixou o país e, por ter passaporte europeu, vai morar na Itália e se licenciar do cargo de deputada federal. Em resposta, Alexandre ordenou a inclusão do nome da parlamentar na lista de procurados da Interpol, a suspensão imediata de seu passaporte e o bloqueio de seus bens e contas bancárias.

O ministro também ordenou o bloqueio dos perfis da deputada nas plataformas GETTR, Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok, X (ex-Twitter), Telegram e YouTube, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

O magistrado nomeou a Defensoria Pública da União para atuar em defesa da parlamentar, já que os advogados que a representavam no processo abandonaram a causa após a notícia de que ela fugiu do país.

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AP 2.428